EDITORIAL
Interatividade é nada mais nada menos, que uma idéia
afirmativa, cujo o sentido é o da quebra da insularidade. É
a visão do fluxo, do movimento permanente, da mútua influenciação
dos diferentes corpos atuantes e dos diferentes níveis de sua atuação,
no mundo físico ou social.
Diferentes níveis de atuação resultam de diferentes
potências, potenciais ou potencialidades a partir do que fenômenos
ou pessoas se põem e se afirmam no mundo.
É nesse sentido que o teor desta edição da Revista
ACB reflete diferenças substanciais de captação e de
tratamento de dados. Com isso ficam evidentes as várias potencialidades
adquiridas dos autores participantes alcançadas ao longo de suas formações
acadêmicas.
Essa diversidade, apresentada nesta edição, longe de
ser algo ruim, expõe a leitura e análise que diferentes profissionais
e aspirantes a bibliotecários fazem do sentido da idéia de
interação. Para uns, interagir é fazer e divulgar a
análise cuidadosa e informada dos fatos, submetendo-a ao debate transformador;
para outros, interagir é criar fatos, às vezes artificializado
resultados, concluindo ou sugerindo possibilidades que diferem dos argumentos
que construíram ou que apresentaram.
De outro lado, os leitores desta edição da revista estarão
se beneficiado não apenas de parte das colaborações
apresentadas, e ainda inéditas, no 15° Painel Biblioteconomia
em Santa Catarina, mas também recebem texto produzido fora do âmbito
do 15° Painel. E isto reforça a intenção com que
a Revista foi criada, conforme expressa no Editorial do volume 1, página
6, segundo a qual a Revista ACB deveria funcionar como fórum para
alimentar discussões cientificas e técnicas.
Ao podermos constatar que isso começa a acontecer, decorrente
da demanda de profissionais bibliotecários catarinenses por espaço
editorial para veicular seus estudos e reflexões, pode-se ter certeza
de que os esforços da diretoria da ACB começaram a gerar resultados
tendentes a ser muito mais duradouros do que se imaginaria há algum
tempo.
É a ocupação dos espaços, é a participação
nos fóruns- seja o Painel, o Informativo ou a Revista ACB – que vai
transformar a Associação Catarinense de Bibliotecário
em uma associação profissional em nível integracional
de ação.Pois é a participação que materializa
a concepção clássica de Associação enquanto
um pacto de companheirismo ligado pela solidariedade da busca à satisfação
dos interesses comuns.O termo original sociu, em seu leito latino,significa
companheiro e socii, seu plural, significa a reunião desses companheiros.
Se ao invés de, somente criticarmos, nos posicionarmos como
companheiros unidos em busca de progresso e satisfação material
e profissional, vamos ser capazes de nos ver como Associação
e, como reflexo disto, construiremos , o nosso "guarda-chuvas" profissional.
A sabedoria de fazer isso é a sabedoria de por em prática
princípios de Interatividade Comunicacional, domínio de que
tanto carecemos para enfrentar com sucesso o terceiro milênio.
A Comissão.