Em busca do sentido da vida

explorando o existencialismo na Biblioterapia por meio de Frankenstein de Mary Shelley

Autores

Palavras-chave:

Biblioterapia, Filosofia, Narrativa literária, Existencialismo, Frankenstein

Resumo

Este artigo investiga como a biblioterapia pode ser empregada como uma ferramenta para explorar perspectivas filosóficas com foco especial no existencialismo. Para isso, consideramos que a biblioterapia, ao permitir a identificação com personagens e situações fictícias, pode proporcionar uma plataforma segura para a exploração de questões existenciais. A análise parte de uma revisão bibliográfica sobre os conceitos básicos do existencialismo e de uma leitura atenta de Frankenstein da escritora inglesa Mary Shelley. A partir disso buscamos compreender os temas existencialistas dentro da obra e como eles podem ser trabalhados em biblioterapia. Também apresentamos um caminho possível de trabalho a partir do conceito de Dasein do filósofo Martin Heidegger, mostrando que uma leitura cuidadosamente orientada pode desencadear reflexões profundas sobre a existência humana, a liberdade, a responsabilidade, a autenticidade e a busca por um propósito significativo.

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Biografia do Autor

Luana Ciecelski, Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc)

Doutoranda em Letras pelo Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), onde é bolsista Prosuc-CAPES - Modalidade I. Mestra em Letras pelo PPGL - Unisc (2021). Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Unisc (2016). Mediadora do Clube Leia Mulheres de Santa Cruz do Sul.

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Publicado

01-10-2025

Como Citar

CIECELSKI, L. Em busca do sentido da vida: explorando o existencialismo na Biblioterapia por meio de Frankenstein de Mary Shelley. Revista ACB, Florianópolis, v. 30, n. 1, 2025. Disponível em: https://revista.acbsc.org.br/racb/article/view/2192. Acesso em: 8 out. 2025.